A última parte da Lectio das duas anteriores vem nos mostrar o valor da profissão e, ao mesmo tempo, o quanto devemos nos empenhar em construir um mundo melhor através do nosso ofício.
O autor sagrado mostra que esses profissionais já citados, e mesmo outros, confiam em sua profissão, no trabalho de suas próprias mãos e mostra o quanto são importantes, pois sem eles não poderíamos construir uma cidade. Todavia, a palavra de Deus também nos diz que não podemos colocar toda a nossa confiança na força dos cavalos, mas no Senhor (c.f. Salmos 19, 8). Ou seja, mesmo que desempenhemos um ofício perfeitamente bem, ainda sim devemos entregá-lo nas mãos de Deus, para que tudo corra bem, e, ao final da execução da tarefa, agradecer a Deus.
As leis, os provérbios, os tribunais, são composto não de homens e mulheres que trabalham com trabalhos braçais, mas sim pessoas que estudam o direito, a justiça e procuram a sabedoria. O autor faz uma clara distinção entre o trabalho braçal e o intelectual, mostrando que ambos têm a sua importância no mundo.
Por um lado, os construtores não entendem de leis, mas, se formos refletir, por outro lado os juízes, advogados e outros; não entendem de trabalho braçal, de tal forma que um complementa o outro. Deus nos fez para que nos uníssemos e fôssemos como membros de um só corpo, cada um desempenhando sua função (c.f. Rm 12, 3-5).
O autor sagrado nos dá, por fim, uma informação muito importante: nosso trabalho, se for lícito, é uma oração a Deus. Um trabalho bem executado é um serviço ao outro e o Senhor se agrada disso. Mesmo que estejamos sendo pagos pelo que estamos fazendo, afinal, o trabalhador merece o seu salário (c.f. Lucas 10, 7).
Peçamos a Deus a graça de vivermos bem o nosso ofício, dando ao próximo o melhor de nós e o salário, meus irmãos, será apenas uma consequência deste serviço. Louvado seja o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, para sempre seja louvado.
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