A Lectio de hoje trás uma forma de ajudar o próximo, que é pela fiança.
Logo no início o autor sagrado já mostra que o homem bom se dispõe a afiançar um necessitado, mas o mau despreza e abandona quem o afiançou. Normalmente o homem bom se compadece de quem precisa, ajudando-o de alguma forma. Já o mau, quer só se aproveitar do que o outro tem. Veja como está a nossa política. Homens maus que tomaram o poder só querem usar e abusar do dinheiro da nação.
Não devemos nos esquecer de quem nos ajudou, pois não iríamos querer que se esquecessem de nós se fosse nós a ajudar. Quem ajuda de coração não quer nada em troca, outros querem, mas ninguém gostaria de ser esquecido, independente da intenção.
O pecador abandona e esquece de quem o ajudou, pois só usou a pessoa e, depois que não precisou mais, descartou-a como nada. Infelizmente vivemos no mundo do descartável, onde se amam as coisas e se usam as pessoas. Claro que nem todo mundo é assim, mas tenhamos cuidado para não imitar tais atos.
A fiança já arruinou a vida de muitos que prosperavam, diz o autor. De fato, temos os dois lados da moeda: quem quer ajudar a todo mundo por bondade e acaba, no fim, ficando sem nada; e quem quer ficar para receber lucros, mas acaba sendo abandonado e fica de mãos vazias.
No primeiro lado, no fim da palavra de hoje o autor sagrado já nos mostra a resposta para ela. Não podemos gastar mais do que nós temos. Devemos sim ajudar as pessoas, mas ajudar com o que podemos. Se todo mundo ajudasse o próximo com o que pode, ninguém passaria fome no mundo. Não se pode querer abraçar o mundo, pois ninguém teve essa capacidade senão o Filho de Deus, que se entregou pela humanidade para nos perdoar dos nossos pecados.
No outro lado da moeda, temos as pessoas que dão fiança esperando o dobro. Porém, nem todos são gratos e/ou aceitam tal abuso e abandona o fiador, de tal forma que ele fica de mãos vazias e perde tudo.
Peçamos a Deus a graça de sermos bons, ajudando quem precisa, mas também tenhamos consciência de que não podemos ajudar com mais do que nós podemos. Peçamos ao Pai a graça de termos noção do que precisamos e do que não precisamos, para que possamos dar aquilo de que não precisamos para quem precisa. Louvado seja o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, para sempre seja louvado.
Comentários