Lectio Diária: Eclo 7,1-21.


A palavra de hoje nos mostra alguns pontos a serem vividos em sociedade. Como devemos nos portar diante das pessoas, diante do mundo.

A justiça precisa ser praticada de maneira igual com todos. Uma das coisas que mais pude notar nesta passagem foi a corrupção. Ela mostra como não ser corrupto, dizendo que não troquemos um bom amigo, um empregado fiel ou mesmo um esposa sábia e boa por dinheiro nenhum. Não há ouro que pague a fidelidade, a justiça, a bondade, o amor, a sabedoria.

Até mesmo a questão do poder. Se não temos a capacidade de ser justo com um poderoso, melhor não ser juiz. Deus conhece a nossa limitação e nós precisamos conhecê-la e ser humilde, reconhecendo que não podemos. A justiça deve ser praticada, mas se não somos capazes de ser justos, que um outro o seja por nós. Melhor entregar a alguém de maior competência esta injustiça do que ser cúmplice dela.

Até mesmo nossas palavras devem ser medidas. Não podemos falar nem mais nem menos do que o necessário. Precisamos aprender o silêncio, escutar mais do que ouvir. Não se impor diante de quem fala, mas expor o pensamento no momento oportuno. Como vi na formação de um retiro que fiz domingo, viver a regra do sanduíche: elogiar a pessoa, expor a crítica ou pensamento e depois elogiar novamente. Claro que deve ser um elogio sincero, de alguma característica que achamos boa na pessoa.

Esta passagem também fala da mentira, dizendo que ela trás muitas coisas ruins e nos pede que não mintamos de maneira alguma. No entanto, precisamos usar da sabedoria divina diante de cada situação da vida. Mentir para salvar uma vida, por exemplo, diminui a culpabilidade do pecado da mentira (c.f. CIC 2484).

Que possamos viver pela verdade, falar o necessário e escutar nossos irmãos, sendo justos com aquilo que nos colocam ou que sejamos colocar como palavras na vida das pessoas.

Ação

Ouvir mais, falar menos no dia de hoje.

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