Muitas são as vezes que vemos Deus na igreja, e quando chegamos em casa, Deus de repente não está ali... Vamos ao cinema e não O encontramos. Vamos ao rodízio de pizza com os amigos, e parece que o lugar está pobre de pessoalidade e de alegria...
Aí chegamos ao vazio existencial e perguntamos: onde está Deus? Onde Ele estava nos momentos bons? E nos ruins?
Ontem imaginei os campos do mundo, onde Deus planta o trigo, e o inimigo planta o joio. A narrativa está no evangelho de Mateus 13, 24-30. Quantos filmes não estão cobertos de joio e trigo? Quantas músicas seculares não são assim? Quantos lugares são bons, mas por conta do joio nós o tratamos como maus lugares e nem pisamos lá?
Lembro-me do que Jesus disse: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura." (Marcos 16, 15). Ele não falou "ide por ali pregar o evangelho, mas por acolá não pregue... Prega para Fulano, mas não para Ciclano...". Todo é todo...
Lembro-me ainda do quanto é expressável a presença do autor em suas obras. Muitas vezes a obra está tão ligada ao autor, que não tem como separar a imagem desse autor ao objeto criado. Sempre nos lembramos.
Agora vamos somar tudo isso:
Veja novamente os campos, onde o trigo, a criação, foi plantada. Por que temos tanta dificuldade em ver nosso Pai no trigo, apesar do joio que ali também pode ser visto? Por que será que perdemos tanto tempo nos preocupando com a grandeza, com o joio de pé, e não vemos a pequenez, o trigo que se curva? Porque tantas vezes condenamos o campo porque existe uma praga? Jogamos fora o suco porque encontramos um cisco?
Será que não precisamos ter uma atitude diferente? Será que não precisamos, na busca incessante de Deus, vê-lo em tudo o que é bom e amável? Será que nossa vida não melhoraria e nos sentiríamos mais felizes se intensificássemos o trigo, ao invés do joio?
Pergunte-se: onde está Deus? Ali esta, aqui esta, Ele mesmo se declarou, e já não há quem possa dize-lo.
Abraço a todos, fé em atitude pra vocês!
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