Lectio Divina (Eclo 35, 11-24): O Senhor não tarda em fazer justiça

A lectio de hoje vem nos dizer que o Senhor ouve o clamor do pobre.

Ninguém pode enganar o Senhor, que conhece todas as coisas e tudo o que se passa em nossos corações. Nada escapa a Seus olhos, pois Ele é onisciente. O que significa subornar Deus? Significar querer dar algo a Deus em troca de uma graça, uma ação divina. Mas Deus não aceita, pois Ele olha o coração e vê a sinceridade do mesmo.

Diante do pobre que nada tem, Deus não dá preferência a outras pessoas. Os pobres na história da igreja sempre foram os preferidos do Senhor e, portanto, devemos também estimá-los e fazer aquilo que o Senhor quer que façamos no momento, seja ajudar com esmola, seja dar uma palavra de conforto. O Espírito Santo é que nos diz o que devemos fazer. Que possamos estar atentos.

O Senhor não despreza a súplica do órfão nem as queixas da viúva diante do altar. Pois o Senhor é misericórdia e enxerga as dores que passamos dentro de nós, as batalhas espirituais, físicas e mentais. Ele sabe das dores e sofrimentos, bem como das curas e alegrias que Ele mesmo providencia.

O serviço ao Senhor trás benevolência para a vida da pessoa e sua oração é escutada, pois chega nas alturas. De fato, não há nada melhor do que ser instrumento de Deus, seja onde for na igreja e em sua dimensão de serviço. Por isso é importante descobrir nossa vocação, para servir onde mais amamos e o nosso serviço ser mais agradável a Deus.

O pobre que tem fé eleva sua prece a Deus, e ele não descansa até ser atendido. Não porque o Senhor seja surdo, ou porque o Senhor não olha para o sofredor, mas simplesmente porque o Senhor prova a nossa fé para ver se realmente acreditamos. Claro que essa prova é para nós mesmos, e não para Deus. Deus não precisa de nenhuma prova, pois Ele é a própria verdade. Nós é que precisamos provas da nossa fé, assim como foi com a história de Abraão e seu filho Isaac. Aquele que tem fé, alcança do Pai a justiça e a graça tão almejada, se ela for do agrado do Senhor.

Dos versículos 19 a 23, o autor sagrado diz que o Senhor não tardará em fazer justiça contra aqueles que se entregaram ao mal, não tendo paciência com estes. Pois o julgamento do Senhor é justo, como foi escrito, Ele olha o coração da pessoa e através deste, determina se aquela pessoa está num reto caminho ou se desviou para a esquerda ou para a direita. Cada um, segundo o autor sagrado, será retribuído de acordo com o seu coração.

O autor sagrado encerra dizendo que a misericórdia é bem vinda como a chuva em tempo de seca. De fato, o chamado de Deus para nossas vidas é que nos amemos. Mesmo os nossos inimigos, Jesus pede que amemos. O chamado à misericórdia é um chamado universal. É o chamado do cuidado para com o outro, para com os familiares, pessoas de comunidade carismática e pastoral, amigos, colegas, cônjuge, etc. E em tempo de seca espiritual, essa misericórdia revigora a alma.

Peçamos a Deus a graça de sermos bons para com os outros, vivendo da e na misericórdia. Abramos nossos corações para viver segundo o chamado misericordioso do Senhor. Louvado seja o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, para sempre seja louvado.

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